Automutilação -
Cicatrizes sobrepostas. Feridas totalmente fechadas e outras em carne viva.
Abertas, dia após dia,
com qualquer objeto capaz de rasgar a pele. Quem se corta tem dificuldade em
explicar as razões e,
ainda mais, para abandonar o hábito que, segundo os relatos nas redes sociais,
se torna um vício. Isso é o cutting, um termo em inglês que significa “corte” ou, em tradução livre, automutilação.
~~ No Brasil, ainda não há estudos sobre o tema, mas
o distúrbio atinge um em cada
cinco jovens, segundo pesquisas divulgadas nos Estados Unidos, no Japão e na Europa.
~~ Um estudo publicado na revista de medicina The Lancet
aponta que as meninas se automutilam mais do que os meninos. A pesquisa foi
realizada na Austrália entre agosto de 1992 e agosto de 2008.
A automutilação é um distúrbio de comportamento que
faz com que o paciente agrida o próprio
corpo ao sentir profunda tristeza, raiva, nervosismo ou viver um trauma.
Trata-se de um transtorno psiquiátrico grave que exige
tratamento, terapia e medicação. Um
estudo realizado na King's College, em Londres, e na Universidade de Melbourne,
na Austrália entrevistou 1.943
adolescentes de 44 escolas de todo o estado de Victoria, Austrália, com idade entre 15 e
29 anos. 149 relataram automutilação, as
meninas mais do que os meninos. Porém,
participantes que relataram autoagressão durante
a adolescência não relataram mais automutilação na idade adulta e jovem, mas há continuidade registrada
em meninas, mais do que em meninos.
Durante a adolescência, os
incidentes de automutilação foram
associados de maneira independente com sintomas de depressão e ansiedade, comportamento
antissocial, de alto risco de uso de álcool,
drogas e cigarro.
A pesquisa afirma que a detecção precoce
e tratamento dos transtornos mentais comuns durante a adolescência podem constituir um
componente importante e até então não
reconhecido de prevenção do suicídio em adultos jovens. O número assusta quando vemos
que um em cada 12 jovens se mutila, com agressões como
cortes, queimaduras e batidas do corpo contra a parede. Para aqueles que se
autoflagelam, a prática é uma tentativa de aliviar
sensações como angústia, raiva ou frustração. O problema é mais comum entre mulheres
de 15 a 24 anos.
O que causa automutilação?
Em entrevista a revista Época, a socióloga da Universidade do
Colorado, nos Estados Unidos Patricia Adler, que estudou durante dez anos
automutilação,
juntamente com o marido, o sociólogo
Peter Adler, afirma que casos como esses são fruto
da criação de uma cultura tolerante à autoagressão.
De acordo com Patricia, os jovens se cortam porque acham a
vida dura. Ela conta que a automutilação era uma
patologia mental discreta até os anos
1990, quando artistas e celebridades começaram a
assumir a prática em público e, com isso, estimularam mais jovens a se agredir.
Porém, a pesquisadora afirma que muitas pessoas entrevistadas na pesquisa
planejavam seus ferimentos de forma racional, pensando naquilo como uma válvula
de escape para dias tensos ou como fatores que lhes acalmavam, o que não segue o modelo psicológico. "Está virando uma tendência, uma moda. E competem para
ver quem sofre mais, quem tem mais dor", afirmou.
Um Conselho a todos: Muitas vezes a gente tenta se esconder do
mundo. Se esconder de tudo. E aí, a gente procura descontar os problemas em nós
mesmos. E acredite: se cortar não é a melhor saída. Não somos ninguém para julgar tal atitude,
criticar ou algo do tipo, mas aconselho que procure ajuda. Vá atrás dos seus pais ou de alguém mais próximo. Procure
uma amiga ou alguém em que você confie
plenamente e peça ajuda.
E se não encontrar ninguém para pedir ajuda, então se procure, minha querida.
Tente se encontrar, tente fazer uma auto-análise e
entender o que te leva a fazer isso. O que acontece que você sente a necessidade de se
cortar? Só você pode responder e só você pode tentar se entender, porque
mais ninguém sabe o
que acontece no seu coração e na
sua cabeça. Talvez sejam problemas
internos, externos que te agridem de forma gravíssima,
mas não é justo
que pague esse preço, que
tenha que passar por isso.
Vai levar um tempo, mas quero acreditar que você vai conseguir superar essa fase.
Procure ajuda de um especialista. Procure se ajudar. É muito fácil aconselhar e sei que
será difícil começar a colocar todos esses
conselhos em prática, mas
é preciso que você tenha força de vontade. Pense em como isso
tem afetado sua vida e se pergunte se é isso
mesmo que quer para você. Sei que
a resposta já é “não”, mas agora é necessário agir. Com muita força de vontade, muita vontade de
continuar a viver e muita vontade de mudar para melhor. A gente sempre é capaz
e todo mundo tem uma força interna
imensa que sempre sai na hora certa, que a gente sempre sabe usá-la. Use-a, minha querida.
Você é capaz,
você vai conseguir.
Por agora, pense um pouco mais em você e converse com alguém próximo,
alguém que possa te ajudar bem de perto. Você vai sair
dessa. Estaremos torcendo por você. Muitos
beijos e que dê tudo
certo em sua vida daqui para frente.
~~>MINHA OPINIÃO <~~
Também já sofri com a automutilação...
Atualmente graças a Deus
estou a 8 meses sem me cortar, uma grande vitoria por sinal! Eu sei que cada um
tem seus motivos, mais não ajuda
muito ficar se cortando! Ta eu sei, que todos falam isso e não vai ser eu quem vá mudar isso em vocês... Mais quero que saibam que no
futuro as cicatrizes que levamos serão de uma
batalha que já
vencemos! Eu particularmente carro algumas "marcas" no braço, não gosto que os outros vejam
principalmente minha mãe... Acho
que cada corte que eu faço "dói" mais nela do que
em mim, e realmente não suporto
vê-la triste, muito menos chorando
por mim, por isso to a 8 meses sem um corte :3 Enfim, tente, tente mesmo... Se
não fizer por você faça por
alguém que realmente importa
pra você!
Se quiserem, ou se precisarem de ajuda ou algo do tipo só me chamar pra conversar...
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Espero ter ajudado alguém! Beijos a todos :*